sábado, 3 de outubro de 2020

Projecto Arqueológico Ota


NOTA: Se está a utilizar o seu TELEMÓVEL, a visualização dos VIDEOS contidos nesta página, apenas será possível se clicar no link abaixo:

https://ota-lsantos.blogspot.com/2020/10/projeto-atrqueolico-ota.html?m=0

 

Transcrições diversas

 

RTP - Publicado 25 Ago. 2019, 12:29

VNobrega

 

Descoberta em Alenquer uma das maiores muralhas do país do Calcolítico

.

Arqueólogos portugueses e espanhóis descobriram em Alenquer (Ota) uma muralha monumental, uma das maiores do país do período Calcolítico, com quatro a cinco mil anos, após terem realizado este mês as primeiras escavações.

 

O arqueólogo André Texugo observa uma estrutura muralhada que terá sido construída à cerca de 5000 anos no início do calcolítico, em Alenquer (Ota), 21 de agosto de 2019. © MÁRIO CRUZ - LUSA

A uma altitude de 170 metros, em pleno Canhão Cársico da Ota, agora classificado como paisagem protegida de âmbito local, foi descoberto “um recinto murado com cinco mil anos”, os primeiros vestígios do que poderá vir a ser um povoado pré-histórico, disse à agência Lusa o arqueólogo André Texugo Lopes.

Através do motor de localização por satélite Google Earth, o arqueólogo já tinha conseguido identificar a estrutura murada pré-histórica, mas, devido à vegetação densa, só os trabalhos de desmatação e as escavações deste ano permitiram pô-la em parte a descoberto.

“Já identificámos quatro a cinco metros de largura da estrutura e um comprimento de 150 metros” afirmou o investigador do Centro de Estudos Geográficos e do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, apontando para que seja “provavelmente a maior estrutura pré-histórica deste tipo de sítios”.

As escavações, realizadas em conjunto com Ana Catarina Basílio, investigadora do Centro Interdisciplinar em Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano da Universidade do Algarve, com a colaboração de arqueólogos da Universidade de Coimbra, da Universidade Autónoma de Madrid e da Universidade de Jaén (Espanha), permitiram perceber que o muro possui uma altura conservada de 1,4 metros, apesar de ter vários derrubes identificados.

O sítio arqueológico da Ota terá uma dimensão na ordem dos cerca de quatro hectares, incluindo uma zona de dois hectares rodeada pela muralha e outra fora da mesma, onde os arqueólogos também identificaram e escavaram estruturas e materiais de importância arqueológica, que estão, contudo, por datar.

O sítio estava identificado desde 1936, mas só em 2016 André Texugo Lopes, natural do concelho, no distrito de Lisboa, fez prospeções no local e estudou os materiais recolhidos à superfície nas últimas décadas, no âmbito da sua dissertação de mestrado e de um dos projetos que venceram o Orçamento Participativo de 2014 da Câmara Municipal de Alenquer.

A localização do sítio pré-histórico pode dever-se à existência de “água por perto e ao controlo e defensibilidade sobre a zona a 360 graus, localizando-se este sítio sobre uma via de comunicação importante, o rio Ota, que nasce na serra do Montejunto e desagua no Tejo”.

Durante as escavações, os arqueólogos encontraram materiais muito fragmentados do período Calcolítico e elementos da Idade do Bronze (cerca de 1500 anos antes de Cristo), da Idade do Ferro (cerca de 700 anos a.C.), do período romano (entre 400 anos a.C. e 200 anos d.C.) e do período islâmico (século VIII d.C.), que revelam uma ampla ocupação do sítio, ainda que com dinâmicas distintas.

Entre eles, destacam-se machados de bronze, machados de pedra polida, cerâmicas decoradas, elementos construtivos romanos, artefactos em sílex, ossos polidos e até um ‘lagomorfo’, que pensam estar associado a contextos funerários.


A dimensão do sítio leva os arqueólogos a depositar elevada expectativa em futuras campanhas.

“Sempre que desmatamos mais um bocadinho conseguimos sempre incrementar valor e encontrar estruturas arqueológicas”, disse André Texugo Lopes.

No âmbito da tese de doutoramento que está a desenvolver, André Texugo Lopes vai pela primeira vez em Portugal efetuar prospeção arqueológica recorrendo a ‘drones’ e a tecnologia, com um raio laser a penetrar na densa vegetação e a chegar ao nível do solo, identificando “com grande precisão estruturas arqueológicas, como as identificadas na Ota”.

C/ LUSA

 

UNIARQ

10 de outubro de 2019 em

Projecto Arqueológico Ota

UNIARQ está com André Texugo

ACONTECEU

Visita aos teabalhos arqueológicos no sítio arqueológico da Ota, projecto de doutoramento de André Texugo.

A visita foi especialmente organizada para os alunos de 1º ano de Arqueologia e História da Faculdade de Letras de Lisboa com a Professora Ana Catarina Sousa, tendo contado igualmente com a participação de estudantes de mestrado e investigadores da UNIARQ.

Esta iniciativa teve o apoio da Câmara Municipal de Alenquer que disponibilizou um autocarro para a visita.








 
 
OTA 2019 - RTP 3
// RTP 3

Uma última nota sobre os resultados da campanha arqueológica de 2019
.
 
Para acesso ao video da RTP3, clique em:

_________________-----------------___------______________

 


SEGUNDA CAMPANHA DE TRABALHOS

DO PROJECTO ARQUEOLÓGICO OTA

2020

 

Projecto Arqueológico Ota

4 de Agosto 

Estamos de volta!

A 2ª campanha arqueológica no sítio da Ota teve início a 3 de Agosto e irá prolongar-se até 28 de Agosto. Esta é uma iniciativa do Município de Alenquer em conjunto com a Junta de Freguesia de Ota e Conselho Directivo dos Baldios da Ota.

Podem seguir o nosso dia a dia no Facebook, Instagram e/ou através de visitas ao sítio arqueológico da Ota (com as devidas medidas de segurança
 
 

Projecto Arqueológico Ota

6 de agosto  

Este ano estamos a trabalhar em duas sondagens na tentativa de dar continuidade aos trabalhos levados a cabo na campanha de 2019. Tentamos assim, compreender a dinâmica construtiva e estratigráfica nas áreas selecionadas. Aqui seguem algumas imagens que mostram o trabalho da equipa dividida pelos diferentes setores!

Sigam a nossa pagina no Facebook e agora também no Instagram @projecto_arqueologico_ota

 



Projecto Arqueológico Ota

8 de agosto

Ontem foi dia de visitas! Importante para conhecer a realidade e os diversos contextos arqueologicos da região, visitamos o Castro do Zambujal, Tholos do Barro e estivemos também no Museu Leonel Trinidade em Torres Vedras.

 




Projecto Arqueológico Ota

9 de agosto

Para compreender o sítio arqueológico da Ota é importante perceber a sua posição e relação com o meio envolvente. Inserido numa zona calcária do tempo jurássico, de vegetação densa, grutas e monumentais cascalheiras, justificam as sucessivas ocupações do local. Tais características do território fornecem assim, os diferentes recursos para a fixação e sustento das comunidades, desde o período Neolítico/Calcolitico até ao Medieval Islâmico/Cristão.

Seguem imagens do percurso que ilustram a beleza do território e finalizamos assim a primeira semana de trabalho!







Projecto Arqueológico Ota

18 de agosto

Alguns dos achados mais relevantes, tanto a nível material e informativo, recuperados até agora nos nossos trabalhos: Pontas de Seta de várias tipologias e um fragmento de vaso de calcário.

 




Projecto Arqueológico Ota

18 de agosto  

Tarde de visita guiada ao sítio do Monte dos Castelinhos pelo Arqueológo João Pimenta.

Uma avançar no tempo necessário para compreender as relações e importância do território e da paisagem.

 

Projecto Arqueológico Ota

21 de agosto

Limpeza e organização do espólio recolhido durante as 3 semanas de campanha. Damos assim a conhecer também, alguns dos artefactos de maior importância.







Projecto Arqueológico Ota

23 de agosto 

Dia 22 realizou-se o dia aberto a visitas ao sítio arqueológico da Ota, mediante todas as medidas de segurança. Com o objectivo de divulgar aos participantes e interessados, aos quais agradecemos desde já a sua participação, a divulgação dos resultados da segunda campanha de escavação.





Projecto Arqueológico Ota

24 de agosto

Esta segunda campanha não seria possível sem o incrível trabalho e dedicação das nossas cozinheiras do Centro Paroquial de Ota. A todas, e em nome de toda a equipa, os nossos melhores agradecimentos, pelo carinho e pelos os inúmeros e maravilhosos pratos. 🤩

Um grande OBRIGADO!


Projecto Arqueológico Ota

25 de agosto

A equipa também é multidisciplinar!

Aqui com dois exemplares de raízes que perturbaram parte dos contextos arqueológicos.

 
 

Projecto Arqueológico Ota

está com

André Texugo

e 5 outras pessoas

Sítio Arqueológico de Ota, Portugal em Directo 2020
//RTP

Após várias trocas de informação, segue o video do directo realizado para o programa da RTP 1 - Portugal em Diretcto. Um pequeno vislumbre da intensa campanha arqueológica de 2020.


Para ver o video da RTP, clique em:

https://www.facebook.com/1192688040751041/videos/299859681079426

 

28/09/2020

No dia 26 de setembro de 2020 assinalou-se o primeiro aniversário do Monumento Natural Local do Canhão Cársico de Ota, situado no Concelho de Alenquer.
 

 

Projecto Arqueológico Ota

28 de agosto  ·

Aproxima-se do fim a segunda campanha de trabalhos do Projecto Arqueológico Ota.

A equipa quer agradecer ao Centro Social Recreativo e Desportivo de Ota, à sua direcção e aos seus associados todo o apoio, disponibilidade e ajuda ao longo deste mês de trabalho de campo ⛏️

Esperamos poder voltar para o ano a esta fantástica "casa" 🏡



28 de agosto
 
A Junta de Freguesia de Ota e o Conselho Directivo dos Baldios de Ota foram igualmente instituições indispensáveis para o enorme sucesso desta campanha de trabalhos arqueológicos ⛏️

Queremos agradecer a toda a equipa e, em especial, ao Diogo Carvalho, o presidente de ambas.
 

 

Diário de Notícias

Lusa - 30 Agosto 2020

Escavações revelam vestígios de ocupação pré-histórica na Ota

O sítio arqueológico da Ota foi descoberto em 1932 e as campanhas atuais inserem-se num projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, com coordenação de Ana Catarina Basílio e de André Texugo Lopes, investigador do Centro de Estudos Geográficos e do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.


Para leitura integral, clique em:

https://www.dn.pt/pais/escavacoes-revelam-vestigios-de-ocupacao-pre-historica-na-ota--12565374.html?fbclid=IwAR1v-IHVpyeFYU_yN2TsSMDDAGN0Ir-hB32o9KErc0eqtr2e-wjqdKA38s8

 
 
Escavações de Ota podem significar salto de gigante na arqueologia portuguesa
Sílvia Agostinho
07-09-2020 às 09:52

​Um ano depois de ter sido colocado a descoberto um dos maiores muros defensivos do período Calcolítico, na Serra de Ota, está de regresso a equipa de arqueólogos que tenta agora apresentar mais e nova informação sobre a comunidade pré-histórica que habitou aquele local há cerca de cinco mil anos. O muro tem 170 metros de comprimento mais cinco metros de largura. A equipa que prefere a designação de muro à de muralha prepara-se, agora, para levar para o terreno nos próximos meses tecnologia de alta precisão com drones que permitem tirar uma radiografia mais profunda ao terreno. Este será um desafio também para a comunidade arqueológica portuguesa já que a Ota servirá de balão de ensaio para o futuro da disciplina em Portugal com este recurso a tecnologia de ponta ao serviço da ciência.

André Texugo Lopes, arqueólogo investigador do Centro de Estudos Geográficos e do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, diz que é possível através do Google Earth descortinar a tal linha branca contínua, que não é natural, e que foi possível identificar no sentido de ali se encontrar o muro pré-histórico dado a conhecer no ano passado. Um achado que se constitui como um avanço no conhecimento do Calcolítico. É cada vez mais plausível que se esteja perante uma zona defensiva, delimitada numa das zonas do cabeço por uma estrutura circular. Foi possível encaixar esta descoberta do achado, depois de datação por radiocarbono, num intervalo de tempo mais curto- entre 2500 a 2250 A.C, através da análise de “um osso de um animal, que por norma não tem um período de vida longo”.

Perceber o dinamismo construtivo e os modos de vida daqueles antepassados é o desafio. Mais do que objetos ou estruturas o objetivo da arqueologia moderna passa por entender os contextos. André Texugo Lopes dá um exemplo – “Imagine que daqui a milénios uma civilização descobria o Cristiano Ronaldo e como ele era fisicamente, mas não sabia quem tinha sido”.

Para já as descobertas no terreno vão dando algumas pistas. Pela orografia da serra é possível perceber que a estrutura defensiva é mais pesada do que as contemporâneas do Castro do Zambujal, Torres Vedras ou a do Castro de Vila Nova de São Pedro, em Azambuja. “Já tirámos blocos de pedras daqui com mais de 300 quilos, o que é assustador”, refere o arqueólogo. Em laboratório será possível responder a questões relacionadas com o dinamismo desse muro que surgiu a 170 metros de altura no canhão cársico. Há elementos semelhantes quando se compara esta descoberta com a dos monumentos seus contemporâneos, e no fundo vizinhos, como o Castro do Zambujal ou o de Vila Nova de São Pedro na forma como a arquitetura à época funcionou para os três casos.
 
 
Para leitura integral, clique em:
 

----------------------------------------------------------------------------


Para mais informação siga:

 

https://www.facebook.com/projecto.arqueologico.ota/

   

-------------------------------------------------------

 INFORMAÇÃO 

Para visualização integral deste blogue, clique no link:

https://ota-lsantos.blogspot.com/?m=0


 

Sem comentários:

Enviar um comentário